Saturday, February 27, 2010

The Men Who Stare at Valentine's Day




George Clooney a fazer figura e a dançar, só por isso o filme vale o meio bilhete. De resto, a mensagem paradorizante (esta palavra existe...?) ao constante estado bélico dos States é interessante. E Jeff Bridges está como peixe em água.



Este é aquele tipo de filme que só vou ver quando não há mesmo mais nada para ver, literalmente. No entanto, surpreendeu por não ser uma comédia romãntica assim tão má como eu pensava - não é brilhante, simplesmente não é panisca. Mas não se preocupem, há lá paniscas.

E tem algumas cenas boas, como Anne Hathaway ao telefone, Jessica Biel na passadeira e Queen Latifah a transformar-se em Rainha Africana - muito bom - mas o melhor mesmo são os bloopers que são gentilmente cedidos à plateia antes dos créditos finais - sempre a melhor parte das comédias, todas deviam ter.

Wednesday, February 24, 2010

Negócio Social

Muhammad Yunus, fundador do Grameen Bank, no Bangladesh, e por muitos conhecido como o "pai do microcrédito" ou o "banqueiro dos pobres", é tema de artigo de Alexandre Coutinho no Expresso, ao defender o empreendedorismo social como meio de obter a satisfação de necessidades básicas em todo o planeta, a começar pela criação de emprego. Artigos sobre esta temática ou sobre este senhor deviam ser obrigatórios no ensino secundário e no Plano Nacional de Leitura. Ora lêde:
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«O modelo do negócio social é algo de totalmente novo, em que não há uma orientação geral para fazer lucro, mas que é maioritariamente focado na resolução de necessidades básicas, sejam elas desemprego ou falta de habitação.
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«O seu conceito de negócio social combina o empreendedorismo com a responsabilidade social das organizações sem fins lucrativos, mas pode estender-se a todo o tecido empresarial. "Hoje, negócio significa apenas dinheiro. Ter a maximização do lucro como objectivo final. Quem é que definiu as coisas assim? Também temos altruísmo em nós e podemos criar um negócio nessa base, chamando-lhe negócio social e tendo por objectivo resolver problemas sociais e ambientais", explica.

"Não nos interessa produzir com uma margem de lucro de 20%, queremos que as pessoas tenham acesso a alimentação, água potável, energia, saúde, educação, etc... É um negócio que tem nos direitos humanos na sua motivação. Os negócios sociais abrem essa janela de oportunidade, criando um novo caminho para o desenvolvimento", defende Muhammad Yunus.

"Os dois modelos podem coexistir porque hoje temos uma enorme capacidade tecnológica e podemos usá-la para combater a pobreza e a degradação ambiental - prossegue o presidente do Grameen Bank - é uma lógica acessível aos cidadãos em geral, pois trata-se de usar métodos que todos conhecemos, mas com um objectivo e um resultado diferentes. A lógica empresarial faz sentido para todos, é transparente: produzir algo para preencher uma necessidade, só que aqui é de bem-estar e não de lucro".

Muhammad Yunus alerta para a necessidade de dizer às crianças e aos estudantes que, "ser bem sucedido na vida, não é só ter um emprego que dá dinheiro e muitas promoções. Todos podem deixar a sua assinatura no planeta, dizendo: estive aqui e fiz algo de marcante".

"O nosso sistema educacional e a nossa estrutura de pensamento deve ser mudada para que os jovens pensem desta forma: que problema quero resolver com um negócio social? A criação de emprego é o negócio social mais simples do Mundo: basta não se importar de ter menos lucro e conseguir dar emprego a duas, cinco ou dez pessoas, e usar toda a margem de lucro para expandir o negócio e não para ficar mais rico", advoga Muhammad Yunus.»
Segundo o economista bengali e Prémio Nobel da Paz em 2006, "a actual crise económica e ecológica precisa de um paradigma novo e não se pode perder esta oportunidade para educar de outra forma as futuras gerações".

Thursday, February 18, 2010

Son Of A Preacher Man by Joss Stone

Duas palavras: Bru-tal!


MusicPlaylist
Music Playlist at MixPod.com

Tuesday, February 16, 2010

Joss Stone @ Coliseu

Esta miúda dá sempre óptimos concertos, bastando para isso estar num dia normal, e ontem não foi excepção. A moça pode roçar o foleirito (vestido pró foleirito, tatuagem pró foleirita no pé e piercing no nariz de que só me apercebi graças à fotoreportagem da Blitz, e ainda bem), mas tem um dom, julgo eu, incomparável a quem quer que seja hoje em dia: inacreditável voz , inegável simpatia e um à-vontade em cima do palco de quem nasceu para isto.

Mas tenho que concordar em absoluto com a repórter da Blitz: "Se alguma coisa há a apontar a um concerto de Joss Stone, é essa previsibilidade formulaica. Já a ouvimos cantar de forma mais natural mas, mesmo assim, a mulher de "Super Duper Love", êxito que abriu com estrondo o concerto, é, indiscutivelmente, um talento vocal nato, mascarando a sua juventude com uma maturidade de velha deusa soul. Em palco, é abençoada por uma sensualidade felina e, em simultâneo, por uma simplicidade e um prazer genuíno em cantar - uma mistura que diríamos muito sua e a coloca num patamar de maior "humanidade" face às possíveis concorrentes."

E que possíveis concorrentes, pergunto eu? Nop, não me parece que as haja.

As minhas favs do último álbum lá estiveram, Free e Could Have Been You, assim como algumas dos outros, tipo Music, Jet Lag, The Chocking Kind, Less Is More, etc.

Bom demais, mesmo não sendo o melhor possível. Volta sempre, miúda.

Sunday, February 14, 2010

It Works

Eu não sou propriamente fã de Woody Allen. Aliás, são muito mais os filmes que não vi que os que vi - Match Point e pouco mais.
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Mas este Whatever Works caiu que nem ginjas. Há muito tempo que não me ria com tanto gosto e tamanha identificação com um filme - isto apesar dos protagonistas serem um magnífico sexagenário e uma luminosa adolescente. Os monólogos inicial e final - that's me, a minha identificação.

Thursday, February 11, 2010

Eu tenho dois amores/bilhetes #2






Joss Stone, 15 de Fevereiro, Coliseu dos Recreios.












The Cranberries, 10 de Março, Campo Pequeno.
Neste caso, tenho mais ao menos a certeza de qual eu gosto mais, a banda irlandesa foi aquela que eu fiz mesmo questão de ir ver, sozinha ou acompanhada. Já a cantora britânica, só me convenceu depois de ouvir o último álbum, Colour Me Free, leve mas de qualidade, já que o seu antecessor, Introducing..., não deixou memórias.

Sunday, February 07, 2010

O tecido da vida


“Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa ideia parece-nos estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-lo? [...] Somos parte da Terra e ela faz parte de nós [...]. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. [...] Isto sabemos: a terra não pertence ao homem. O homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há ligação em tudo. O que ocorrer com a terra, recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.” - Velho Chefe Índio, em carta ao Grande Chefe Branco, Washington (1854).