Infelizmente, acaba por não ser muito surpreendente que um dos mais geniais criadores de séries (as para mim insuperáveis no seu género Nip / Tuck, The Shield e Glee), Ryan Murphy, consiga, na sua primeira incursão cinematográfica, fazer o filme mais esquecível possível. Oh Julia, o amigo Soderbergh é que sabe o que fazer contigo, deixa-te de tretas mazé!
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Já Angelina Jolie parece que não se dá ao sub-aproveitamento. Apesar de não ter achado o filme por aí além como rezam muitas crónicas, fica o meu espanto de assistir à supra-mencionada a despachar inimigos com as próprias mãos. Mas a despachar mesmo!
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Podem ser mãos escanzeladas de alguém que mais parece um esqueleto ambulante que roça a fealdade, mas que surra os homenzarrões todos, surra!
Filme algo depressivo. Gostei da aposta na improvisação dos actores, a falarem por cima um do outro, por exemplo - very naturelle - ou a cena em que ele toca e canta e ela dança/sapateia - total improv por Ryan Gosling e Michelle Williams, dois interessantíssimos jovens e maduros actores. No entanto, não ficará nas minhas melhores memórias.
Ora aí está um bom filme, para variar. Bela surpresa, ainda pra mais, num género que me diz pouco - o do pugilista/lutador/whatever que ultrapassa todos os obstáculos até à vitória. David O. Russel faz um belo trabalho, Christian Bale está mesmo incrível (belíssimo Oscar) e até Mark Wahlberg não vai nada mal. Muito bom também ver a doce Amy Adams noutro registo bem... arreganhado.
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