ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Carla A. ALMEIDA[1], Margarida F. GAMA1 & Sara M. FRANCO1
[1] Alunas nº 15595, 15730, 16249, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Carla A. ALMEIDA[1], Margarida F. GAMA1 & Sara M. FRANCO1
[1] Alunas nº 15595, 15730, 16249, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
O que são alterações climáticas
As alterações climáticas são alterações do clima que ocorrem a nível global. Na verdade, a Terra está periodicamente a sofrer alterações climáticas devido a factores naturais previsíveis como as variações na inclinação do eixo terrestre, na curvatura da sua orbita em torno do sol ou alterações na radiação solar. Eventos naturais aleatórios, também influenciam o clima. A diferença entre estes fenómenos naturais e o que actualmente se verifica, é de que nos últimos 250 anos a humanidade tem acelerado a tendência de subida da temperatura, que já existia desde o fim da última glaciação, devido às emissões dos chamados gases de efeito de estufa, cuja presença na atmosfera está a aumentar rapidamente devido às actividades humanas.
As alterações climáticas são alterações do clima que ocorrem a nível global. Na verdade, a Terra está periodicamente a sofrer alterações climáticas devido a factores naturais previsíveis como as variações na inclinação do eixo terrestre, na curvatura da sua orbita em torno do sol ou alterações na radiação solar. Eventos naturais aleatórios, também influenciam o clima. A diferença entre estes fenómenos naturais e o que actualmente se verifica, é de que nos últimos 250 anos a humanidade tem acelerado a tendência de subida da temperatura, que já existia desde o fim da última glaciação, devido às emissões dos chamados gases de efeito de estufa, cuja presença na atmosfera está a aumentar rapidamente devido às actividades humanas.
Os gases de efeito de estufa (GEE) e modo com actuam
A atmosfera tem na sua constituição gases que permitem à Terra a existência de efeito de estufa. Os gases de efeito de estufa são substâncias que têm a faculdade de permitir a passagem da radiação solar e de reter parte da radiação emitida pela superfície da Terra, que tem comprimentos de onda mais longos, voltando a emiti-los para a superfície terrestre sob a forma de calor (Fig.1). Se estes gases não existissem, a vida na Terra não existiria tal como a conhecemos, pois o planeta seria cerca de 30 ºC mais frio.
O mais importante destes gases é o vapor de água (H2O), mas a contribuição das actividades humanas para a sua concentração na atmosfera é considerada mínima se comparada com a dos processos naturais.
O dióxido de carbono (CO2) é o gás que existe em maior concentração na atmosfera, resultando sobretudo da queima de combustíveis fósseis, e de alterações no uso do solo, sobretudo a destruição das florestas. Estes aspectos têm vindo a alterar o ciclo do carbono, ou seja, o saldo entre o CO2 que é retido pelos ecossistemas e aquele que depois é devolvido à atmosfera.
Impactes das alterações climáticas
No mundo…
Os principais impactes que se poderão verificar devido ao efeito de estufa são: fusão dos glaciares: redução do gelo nos cursos de água, lagos e mares; aumento da frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos; aumento do risco de extinção de plantas e animais (perda provável de metade da biodiversidade mundial); aumento da vulnerabilidade das infraestruturas e dos sistemas produtivos e de lazer associados às actividades humanas; aumento do risco de ocorrência de impactes a larga escala e com efeitos irreversíveis associados a alterações das correntes marítimas; aumento do risco de ocorrência de conflitos sociais e de migrações de populações.
Fazendo a comparação entre as décadas de 60 e 90, pode-se verificar que em 1990 ocorreram 3 vezes mais catástrofes naturais relacionadas com as alterações climáticas; 150 mil pessoas morreram em 2000 como consequência directa ou indirecta das alterações climáticas.
Em Portugal…
Prevêem-se os seguintes impactes: aumento de 4 – 7 ºC na temperatura média do ar entre 2000 – 2100; redução das disponibilidades de água, aumento de cheias e pior qualidade da água; risco de perda de terreno em cerca de 67% das zonas costeiras; aumento do nível do mar entre 25 – 110 cm até 2080.
As evidências que se verificam são: a temperatura da Terra subiu cerca de 0,6 ºC no século XX, sendo que a década de 90 foi a mais quente desde 1861, e o ano de 1998 foi o ano em que se atingiram temperaturas mais elevadas (2003 na Europa). No que respeita ao nível do mar, este poderá subir entre 9 e 88 cm até 2100. Poder-se-ão verificar extremos meteorológicos devido à subida da temperatura, tais como, dias extremamente quentes e menos dias extremamente frios. Algumas regiões estarão sujeitas a tempestades, furacões e outros eventos meteorológicos intensos; outras estarão sujeitas a secas; no entanto muitas poderão ser beneficiadas. Quanto aos ecossistemas, a subida rápida da temperatura poderá causar alterações no equilíbrio entre as espécies. No que respeita à agricultura, a produtividade pode aumentar numas regiões e diminuir noutras. As diferenças regionais são importantes e podem aumentar o risco de fome em determinadas áreas. A nível da saúde humana, haverá impactos positivos e negativos, o número de mortes por doenças associadas ao frio pode diminuir, porém a ocorrência de mais ondas de calor aumentará a mortalidade devido a problemas cardio-respiratórios; poderão igualmente ocorrer doenças, transmitidas por insectos, que actualmente são tropicais mas que poderão atingir latitudes mais elevadas, tais como a malária, dengue e febre-amarela. Outros tipos de doenças, como a cólera e a salmonela poderão também ser mais frequentes devido, por exemplo, à maior incidência de cheias.
A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas
Após ter surgido a questão do aquecimento global no final da década de 1980, a comunidade internacional começou a debater o que fazer perante o problema. O resultado desta discussão materializou-se em 1992, com a adopção da Convenção Quadro para as alterações climáticas, durante a Cimeira da Terra no Rio de Janeiro. O principal objectivo deste acordo é conseguir estabilizar as concentrações (não as emissões) de gases com efeito de estufa de forma a impedir que a actividade antropogénica tenha repercussões graves sobre o sistema climático. Esta convenção determina que os países devem “tomar medidas de precaução para antecipar, prevenir ou minimizar as causas das alterações climáticas e mitigar os seus efeitos adversos”[1], afirmando que “a falta de uma certeza científica absoluta não deve ser usada como razão para adiar tais medidas”3. Segundo esta Convenção, os países desenvolvidos são historicamente responsáveis pelo aumento da concentração de gases com efeito de estufa, devendo por isso ser os primeiros a tomar medidas para combater o problema das alterações climáticas, estabilizando as suas concentrações dos gases de efeito de estufa até ao ano 2000 aos níveis que tinham em 1990.
[1] Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, In: Garcia, R. (2004): Sobre a Terra, pp. 121
Protocolo de Quioto
Consciente de que o compromisso voluntário da Convenção Quadro das alterações climáticas de tentar estabilizar as concentrações dos países desenvolvidos ao nível de 1990 não era suficiente, a comunidade internacional começou a negociar um acordo mais ambicioso. Daí surgiu o Protocolo de Quioto, adoptado em 10 de Dezembro de 1997 pelos países presentes na 3ª Conferência das Partes à Convenção Quadro das alterações climáticas em Quioto, Japão. Este protocolo entraria em vigor quando pelo menos 55 países desenvolvidos procedessem à sua ratificação, representando, pelo menos, mais de 55% das emissões de CO2 equivalente em 1990 estimadas para os países desenvolvidos, o que se verificou a 16 de Fevereiro de 2005 com a entrada da Rússia.
Este documento prevê uma redução a nível global de pelo menos 5% das emissões de gases com efeito de estufa nos países desenvolvidos no período entre 2008 e 2012, em relação aos seus valores de 1990. Na Europa é prevista uma redução de 8%, nos Estados Unidos 7% e no Japão 6%; a Federação Russa e a Nova Zelândia precisam apenas de estabilizar as suas emissões; a Noruega, a Austrália e a Islândia podem aumentá-las em 1, 8 e 10%, respectivamente.
Instrumentos Nacionais
O principal motivo para o grande aumento das emissões nacionais de gases de estufa, em relação ao valor estabelecido pelo Protocolo de Quioto, é a produção de energia e os transportes. É neste contexto, que surgem os documentos nacionais para as emissões dos gases de estufa: o Projecto SIAM, que analisa os efeitos das alterações climáticas no país e o Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC) que estabelece medidas para o cumprimento da meta portuguesa no quadro Europeu.
Referências
Garcia, R. (2004): Sobre a Terra, Público, Lisboa
Chiras, D. (2001): Environmental Science, Londres
Ferreira, F. (2005): Alterações Climáticas: o maior desafio ambiental do século XXI, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
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