Monday, April 23, 2007
Elefante Africano II
A impressão de grande adaptabilidade, de capacidade de sobrevivência e de locomoção, digna do mais perfeito "todo-o-terreno" (...), é totalmente oposta à sensação de peso e de lentidão que o elefante dá (...).Os maiores machos chegam a pesar 6000 kg, alimentam-se de cerca de 300 kg diários de vegetais variados e utilizam 150 l de água para beber ou tomar duche.
A Tromba
Revolucionária aquisição evolutiva - é não só o órgão mais característico da sua anatomia, como também uma das mais prodigiosas «invenções» na história evolutiva dos Mamíferos. Este órgão, que no elefante africano termina em dois lábios digitiformes, consegue apanhar com toda a delicadeza uma folha ou uma borboleta do espinhoso solo da estepe. O seu fino tacto é reforçado pelo olfacto e pelo sentido do gosto. (...) Em contraste com a sua delicadeza, a tromba do elefante é um braço vigoroso que pode despedaçar fortes ramos e descarregar violentos golpes contra os inimigos. Possui também uma grande capacidade de absorção, pelo que o animal a usa para beber água e para dar duche a si próprio, uma vez que a capacidade da tromba é de 9 litros. Absorvida a água, o elefante mete a ponta da tromba na boca e expele o líquido ao mesmo tempo que o vai ingerindo. Esta complicada manobra fisiológica é possível graças à acção de uns músculos especiais que o elefante possui no tórax, sendo a força absorvente da tromba vital nas épocas de seca, quando o animal, cavando com as suas defesas autênticos poços artesianos no leito dos rios seco, pode sugar a água suficiente para sobreviver (...). A tromba é igualmente muito útil como pulverizador, porquanto os elefantes têm o costume de enchê-la de pó fino (...) para se aspergirem minuciosamente depois de tomarem banho.(...) Quando os elefantes pressentem algum perigo, levantam a tromba como se fosse um periscópio e procuram perceber de que lado sopra a brisa, com os orifícios nasais bastante abertos.
O aparelho mastigador
Porque é que a mastigação de uma grande quantidade de matérias duras e fibrosas poderia constituir um obstáculo insuperável na vida do gigante? Muito simplesmente porque os seus molares se desgastariam demasiadamente depressa e o animal, desdentado, morreria de fome por não poder triturar os alimentos de que precisa para sobreviver. Nos elefantes africanos, o problema resolveu-se mediante um sistema de reposição dentária que é verdadeiramente notável: (...) molares de reserva, que empurram e eliminam a peça que já não serve quando a coroa desta se desgasta totalmente. (...)
O aparelho locomotor
Quando os elefantes caminham, a planta dos seus membros distende-se ao apoiar-se no solo e torna a contrair-se quando o proboscídeo a levanta, o que se revela de grande utilidade para que os gigantes não se atolem no lodo. (...) O elefante (...) alcança durante o andamento normal uma velocidade de 7 km/h; quando tem pressa de chegar aos bebedouros ou atravessa terrenos perigosos, desloca-se a grandes passadas, numa média de 16 km/h; quando ataca ou foge, pode chegar aos 40 km/h e mantê-los durante um curto período.(...) No Parque das Cataratas de Murchison, no Uganda, é frequente verem-se elefantes descer a custo as escarpadas margens do Nilo, a fim de alcançarem as suculentas plantas que crescem perto da água, sendo assombrosos a precaução, a exactidão dos movimentos e o equilíbrio da sua força nestes exercícios. Os elefantes nadam maravilhosamente e conseguem atravessar rios muito largos, conservando a tromba fora de água (...).
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