Friday, April 03, 2009

Gran Duplicity

Depois de The Changelling, este Gran Torino é o segundo filme assinado por Clint Eastwood que me agrada e muito - não, não gostei de Million Dollar Baby e muito menos de Mystic River.

A primeiro metade do filme prima acima de tudo pela comicidade das situações - sim, a sala cheia gargalhou efusivamente com as tiradas xenófobas do personagem principal, que dispara em todas as direcções: coreanos, vietnamitas, negros, irlandeses, sendo o próprio Walt polaco-descendente e alvo das mesmas tiradas, umas de sorriso nos lábios, outras de desafio nos olhos. Mas atenção: não se defende aqui a xenofobia, muito pelo contrário - veja-se o filme para se assimilar a sua mensagem "todos diferentes, todos iguais". A cena no barbeiro então é hilariante. Muito boa.

A segunda metade corta com a primeira abruptamente quando nos apresenta a violência gratuita que despoleta a resolução do conflito - a redenção total de um personagem de quem se esperaria tudo menos aquilo. Muito bom.

O realizador deste Duplicity, thriller de espiões modernaços e giraços, que é como quem diz Clive Owen e Julia Roberts, é Tony Gilroy, cuja estreia no cinema tem por nome Michael Clayton, filme muy apreciado por estas bandas.
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Sendo assim, depois da tensão séria da primeira obra, trás-nos um olhar sobre a espionagem empresarial que aposta na descontração cool e na química dos protagonistas Owen e Roberts, que depois da tensão agressiva de Closer, mergulham aqui em águas mais calmas, com um twist final inteligente e brincalhão.

Bom. Só não é muito bom porque achei que demora a arrancar na primeira metade, sendo algo parado.

2 comments:

Anita said...

O primeiro é excelente (e não consigo creditar que exista alguém que não goste do Mystic River...oh dear !!)o segundo é mediano...entretém bem mas, não é mesmo nada de mais!!:)

Nia said...

Credita!! Abomino o filme e o bilhete k paguei (pk foi no cinema k o vi...) :O

Concordo, não acrescenta muito, simplesmente entretém de forma mto ligeira.