Thursday, May 28, 2009

Himalaya #3

«Se todas as riquezas fossem postas ao dispor do homem, tal como ele é, tal como sempre foi e é de supor que continue a ser, o primeiro fruto dessa desorganização social seria a morte dos menos astutos e mais sentimentais. Em seguida, os cruéis e sem escrúpulos (...) formariam grupos que se degladiariam uns aos outros, até que a experiência os obrigasse a criar uma convenção que lhes permitisse o gozo de certos direitos, mediante a observância de certos deveres. A propriedade e a lei renasceriam de novo pelo próprio instinto da conservação dos sobreviventes da utopia anarquista

Sunday, May 24, 2009

The Ecologist

Back To Basics by Andrew Simms
  • «Can something be ‘progress’ if it contains the seeds of its own downfall

  • «Living in one of the most stable climatic periods of the past half-a-million years has lulled us into a false sense of security

  • «We live on an isolated island planet with no known neighbours, so perhaps we can learn from small island populations who survived harsh environments for millennia. To tackle the ecological debt crisis, we need to relearn resilience and adaptability, and to move towards a dynamic equilibrium between society and nature while ensuring equity and sufficiency. There are failures to learn from (Easter Island, Nauru), but island communities have generally achieved well above average ecological efficiency at meeting human needs, and score well in NEF’s Happy Planet Index. The index compares ecological footprint data with life-expectancy and satisfaction. The first lesson is deceptively simple: to respect environmental limits. Next, resilient local economies – of necessity based on reciprocity, sharing and co-operation, not unlimited growth, fed by individualistic, beggar-thy-neighbour competition

  • «Boiled down, the potted small-island survival guide for a troubled planet would include these essentials: contact with nature, an awareness of and adaptation to more obvious limits, sharing-based economies that reduce inequality across a community and maintain supportive social relationships, food crops bred for hardiness and grown in mixed, productive plots.»

  • «Similarly, the International Assessment of Agricultural Knowledge, Science and Technology recently concluded that a massive shift of support to small-scale farmers using a diverse range of agro-ecological methods would be an efficient way to build resilience, inoculate against food crises, and insure against increasingly hostile weather patterns

  • «‘Since the Earth itself is developing without growing, it follows that a subsystem of the Earth (the economy) must eventually conform to the same behavioural mode of development without growth,’ writes ecological economist Herman Daly in his book Beyond Growth. In its place, he says, we need ‘a subtle and complex economics of maintenance, qualitative improvements, sharing frugality, and adaptation to natural limits. It is an economics of better, not bigger’. Achieve that, and it’s just possible that our ecological debts might not bankrupt a civilisation-friendly biosphere.»

Wednesday, May 20, 2009

Ciência para a Terra

«A nossa civilização só vê dinheiro. Tudo o que vemos é dinheiro. Entretanto, as florestas são incendiadas, os rios e os mares são poluídos, as crianças são maltratadas e as pessoas morrem de fome.» - Lynn Margulis

«A (...) promessa (da ciência moderna) de transformar o mundo num paraíso materialista e, deste modo, pôr termo à pobreza e à opressão perdeu toda a credibilidade. Há provas de que ela produziu exactamente o contrário.» - Claude Alvares

«Nem as pessoas nem a natureza foram poupadas à vitimização operada por uma febre de desenvolvimento alimentada pela ciência e promovida pelo Estado. Hoje, a reconstrução da natureza tornou-se uma preocupação dominante para a ecologia oficial.» - idem

«A capacidade de fazer "pagamentos a dinheiro" é muitas vezes o único modo pelo qual uma vida humana é avaliada, mesmo por muitos economistas "verdes".» - John Whitelegg

«A redefinição do conceito de tempo deveria valorizar mais a conservação dos recursos, a produção local e o consumo, o transporte não motorizado para viagens curtas e as periferias ricas em termos sociais.» - idem

«No fim, conservaremos apenas o que amamos, amaremos apenas o que compreendermos e compreenderemos apenas o que nos ensinam.» - Baba Pioum

Monday, May 18, 2009

Sabiam que... #7

  • Quase metade da electricidade (48%) consumida em Portugal veio de fontes renováveis, segundo a Associação das Energias Renováveis.

  • Mais de 300 catástrofes naturais fizeram, em 2008, 236 mil mortos e afectaram mais de 200 milhões de pessoas. Nove dos dez países mais flagelados são asiáticos, sendo que os países do Golfo foram, até agora poupados. No entanto, a subida do nível das águas ameaça o Bahrein, o Egipto e o Djibuti.

  • Ocorreu a primeira evacuação de uma ilha devido ao aquecimento global: as ilhas Carteret, na Papua Nova Guiné, onde a subida das águas ameaça o local onde vivem cerca de 2600 pessoas. Ironicamente, a população vivia «de um modo em que produziam talvez a menor quantidade de emissões de carbono do mundo - mas foram os primeiros a sofrer de forma tão drástica os seus efeitos. Nas ilhas não há carros, não há electricidade, não há televisão, não há telefones. »

  • Em Matosinhos, a Câmara prometeu instalar sistemas solares térmicos nos bairros sociais até 2012 de forma a que os moradores tenham água quente sem custos. A autarquia já está a distribuir 18 mil lâmpadas que poupam 20% de energia.

Fonte: Público

Friday, May 15, 2009

Vou ali e já venho... #3

Vila Nova de Gaia, Porto.

Thursday, May 14, 2009

A Cultura

"Foi assim que se deu o acontecimento que viria a ser conhecido por pecado original, com todas as suas consequências: a descoberta do sexo e da vergonha, a invenção da parra e da moral, a expulsão do jardim, a condenação a um trabalho remunerado regular e o estreitamento da bacia devido à postura vertical com o acréscimo de um nascimento correspondentemente prematuro e, já agora, doloroso, um prolongado período de dependência total da criança, prazos educacionais prolongados e uma sobrecarga generalizada para a mulher devido ao seu papel de liderança por ocasião do pecado original." - Dietrich Schwanitz

Monday, May 11, 2009

Sabiam que... #6

  • O Estuário do Tejo é o maior da Europa, com uma área molhada a variar entre os 300 e os 350 quilómetros quadrados, consoante a maré. O mesmo pode voltar a ter golfinhos nos próximos 30 anos devido à diminuição da poluição que se tem verificado. “A poluição no Tejo tem melhorado muito, o que se constata pela observação das espécies sensíveis.”- Maria José Costa, do Instituto de Oceanografia.

  • Investir-se-ão cerca de 500 milhões em obras para despoluir estuário natural do Tejo por duas empresas multimunicipais: o Sistema Multimunicipal de Saneamento do Tejo e Trancão (Simtejo), na margem norte do rio, e o Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais da Península de Setúbal (SimarSul), na margem sul. Centenas de quilómetros de condutas e várias estações de tratamento são o último esforço para despoluir o Tejo, contaminado pela cintura industrial da Grande Lisboa e de quase dois milhões de pessoas.

  • A Renault revelou esta semana em Paris o Kangoo eléctrico: a comercialização em larga escala está prevista para 2011.

  • Foi anunciado o projecto de montagem de uma rede nacional de postos de abastecimento para carregar as baterias dos carros eléctricos.


  • A Mars anunciou que se compromete a comprar só cacau produzido de modo sustentável. Até 2020, esta política vai abranger as barras Galaxy, Mars, Snickers, Twix e M&Ms.

Fonte: Público

  • Estocolmo foi recentemente eleita para primeira Capital Verde da Europa, em 2010, uma distinção criada pela Comissão Europeia. A capital sueca ampliou o sistema de transportes públicos, criou um sistema de portagens urbanas e aposta no abandono do petróleo: neste momento, 30 % dos autocarros e táxis são movidos a etanol de cana-de-açucar e outros combustíveis verdes. Um terço corresponde a biogás produzido com o metano dos esgotos e com o lixo orgânico. Mais de cem autocarros e muitos veículos particulares abastecem-se já em postos de biogás da cidade. O tempo máximo de espera por um autocarro é inferior a seis minutos; apesar de ser a região mais rica da Suécia, Estocolmo conta apenas com 402 carros por mil habitantes.

  • Em Malmö, as telhas dos prédios do bairro social de Augustenborg foram substituídas por relva para resolver o problema das crónicas inundações-relâmpago da zona: os telhados verdes absorvem metade da precipitação e travam a velocidade da água da chuva em 50%.

    «Pela primeira vez na história, o Ambiente pode ser uma saída para a crise, uma oportunidade para criar empregos.» - Andreas Carlgren, Ministro do Ambiente sueco.

Fonte: Visão

Sunday, May 10, 2009

NG Maio 2009: Coberturas Ajardinadas

«Nas últimas décadas (...) arquitectos, construtores e responsáveis pelo planeamento urbano começaram a optar pelas coberturas ajardinadas não pela sua beleza, mas pela sua capacidade de atenuar as condições ambientais extremas, características das coberturas vulgares. (...) Em cidades como Portland (EUA), os construtores são encorajados a utilizar coberturas ajardinadas, através de reduções das taxas e de outros incentivos. Na Alemanha, na Suíça e na Áustria, a legislação obriga à instalação de coberturas ajardinadas em estruturas com uma inclinação mínima.

(...) Embora o custo médio de construção de uma cobertura ajardinada possa ser duas ou três vezes superior ao de uma cobertura convencional, é provável que se torne mais barato a longo prazo, em grande parte devido à poupança energética. A vegetação também protege a cobertura da radiação untravioleta, prolongando-lhe a vida. E requer um tipo de cuidados diferente, próximo da jardinagem de baixa manutenção.»

Wednesday, May 06, 2009

Ora bem...

  • O Freddie, Kiko prós amigos, o Gil, vá, deu show no 1º set mas o James, o Blake, vá, puxou dos galões (que não me impressionam minimamente) nos restantes.

  • Do pouco que vi do Gaudio, o Gaston, vi que estava a piar baixinho frente a um italiano baixinho mas teso.

  • E ainda deu pra ver o Davidenko dar uma trepa ao Juan Carlos, o Ferrero.

  • Mas o que mais festejei foi mesmo o golo do Barça. Ah que festejo espanhol tão estranho para mim! Já estava convencidíssima que os chatos dos ingleses lá iam à final e... pumbas! fazem-me aquilo no último segundo do último minuto. Bom dimais.

Estoril Open...

... here I come!

Monday, May 04, 2009

Sabiam que... #5

  • A China, um dos maiores poluidores do planeta e a terceira economia mundial, tenta descolar-se da sua dependência do carvão, de onde retira 70% da sua energia, ao pretender triplicar a sua meta para produção de energia eólica em 2020, prevendo um crescimento anual na ordem dos 20%. Actualmente é o quarto produtor de energia eólica do mundo, depois dos Estados Unidos, Alemanha e Espanha.

  • O Reino Unido vai construir centrais que capturarão o CO2: até 2025, esta tecnologia deverá permitir armazenar 100% das emissões. No final deste ano, Espanha terá a sua primeira unidade de captura de CO2, em León.

  • No sul da Europa, o potencial hidroeléctrico diminuirá entre 20 a 50% até 2070.

  • O turismo de natureza representa cerca de 9% das viagens dos europeus, tendo crescido 7% entre 1997 e 2004.

  • No Brasil, uma Lei Federal em vigor desde 2000 determina que 0,5% dos custos de projectos com impacto na conservação do ambiente sejam obrigatoriamente aplicados em medidas de mitigação e compensação.

"De um papel acessório em 2010, a energia renovável passará a ser a principal fonte de energia em 2050", estimou Wang Jun, director do departamento de renováveis na Administração Nacional Chinesa de Energia. Jun prevê um futuro dependente da energia solar e geotérmica para climatização, carros movidos a biocombustíveis e micro-geração de energia na casa das famílias.

Fontes: Público e National Geographic.

Saturday, May 02, 2009

Padre Himalaya #2

«Que a propriedade está mal distribuída, que ela muitas vezes está nas mãos de poucos e nem sempre nas dos que mais valem e mais utilmente trabalham e produzem, isso é um facto. Que se podia fazer uma distribuição mais equitativa das terras, dinheiros, valores e outras riquezas reais ou convencionadas, isso é mais que evidente, isso é cristão! Mas negar o princípio da propriedade parece-me uma utopia contra-natura. De facto, nenhum de nós abdicaria da sua personalidade, do seu nome, da sua inteligência, do seu daber e da sua família, dos que neste mundo mais ama, dos seus hábitos e tendências e porventura da sua força e beleza. Isso é a primeira coisa que constitui a individualidade de cada um e, quem diz individualidade diz propriedade!»