E não engoli porque, apesar de enormemente talentosa, Page compõe uma personagem que mais parece uma mulher de vinte e tal anos do que uma adolescente, tal a forma desmbaraçada e ultra-confiante como se comporta e, especialmente, na sua eloquência à la Sex & The City. Um pormenor talvez insignificante que me fez afastar da personagem foi a voz demasiado grave de Page. Ou seja, fisicamente é perfeitamente uma miúda de 16 anos. No resto, nem por isso.
No entanto, a excelência do guião premiado de Diablo Cody torna esse aspecto secundário. Apesar de considerar que a abordagem ao tema aborto é feita de forma algo leve, e cínica mesmo, isso é em muito compensado com o que vem a seguir: a escolha de Juno, a sua relação com o casal adoptante e, a partir deles, o deixar de ver uma "coisa" na barriga, mas sim um bebé, não dela, mas de outra pessoa.
Tem tiradas e diálogos brilhantes que fazem do filme um objecto de culto, com direito a impressões em t-shirts e afins. Lembro-me da tirada do bastardo e do diálogo com a madrasta que acaba num arrufo sobre cães e num "Dream on!".
Por último, de referir que a cena final é das mais belas que vi nos últimos tempos (ou não fosse musical). Tão simples e tão bem conseguida, se eu mandasse era nomeada para Oscar com direito a actuação na cerimónia.
8 comments:
parece me um optimo filme :::D
É de facto. Gosto destes filmes que não têm a pretensão de ser o melhor do ano e que, por isso, acabam por sê-lo.
frase da semana <3
com a devida autorização ;)
É um objecto que gera simpatia. Realmente a parte final é bem bonita...
Abraço!
estou ansiosa por ver. ^^
Belo filme, pena ter sido completamente chacinado pela péssima legendagem de que foi alvo...
Sim, tb me pareceu evitável... não se trata propriamente de um sub-produto morangos com açucar, num é berdade? nao havia nexexidade :O
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