«Acima de tudo, a Austrália não se porta mal. É estável, pacífica e boa. Não tem golpes de Estado, não delapida irreflectidamente os seus recursos piscícolas, não arma déspotas desagradáveis, não cultiva coca em quantidades provocantes nem faz sentir a sua autoridade de uma maneira indecorosa e rude.»
«A Austrália é o sexto maior país do mundo e a sua maior ilha. É a única ilha que é também um continente, e o único continente que é também um país. Foi o primeiro continente conquistado a partir do mar e também o último. É a única nação que começõu por ser uma prisão. É o lar do maior ser vivo da Terra, a Grande Barreira de Coral (...). Tem mais coisas capazes de nos matar do que qualquer outro lugar. Das dez cobras mais venenosas do planeta, todas são australianas. Cinco das suas criaturas - a aranha de teia-funil, a vespa-do-mar, o polvo de anéis azúis, a carraça paralisante e o peixe-rocha - são as mais mortíferas do seu género no mundo.»
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«Resumindo, não havia outro lugar igual no mundo. E continua a não existir. Oitenta por cento de tudo o que vive na Austrália, vegetal ou animal, não existe em mais lado nenhum.»
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«As pessoas são extremamente simpáticas: alegres, extrovertidas, de espirito vivo e infalivelmente prestáveis. As cidades são seguras e asseadas, quase sempre construídas sobre água. Têm uma sociedade próspera, bem orientada e instintivamente igualitária. A alimentação é excelente. A cerveja é fria. O sol brilha quase sempre. Há café em cada esquina. Rupert Murdoch já lá não vive. A vida não pode ser muito melhor que isto.»
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In Na Terra dos Cangurus de Bill Bryson.