Friday, February 29, 2008
Juno II
"As far as boyfriends go, Paulie Bleeker is totally boss. He is the cheese to my macaroni."
Há uma cena que me pareceu uma referência a Hard Candy, em que Ellen Page é filmada por trás ao andar de capuz vermelho. Subtil.
Antes deste, Jason Reitman realizou também um filme obrigatório: Thank You For Smoking.
Thank YOU, sir.
Tuesday, February 26, 2008
Juno
Aí está o filme do ano. Até agora, claro. Apesar de na primeira parte do filme não ter "engolido" a personagem principal, ou seja, uma adolescente de 16 (16!) anos interpretada por Ellen Page que, ao "brincar" com o melhor amigo, engravida, e que, depois de consultar a melhor amiga, decide livrar-se da "coisa" (palavras da própria).
E não engoli porque, apesar de enormemente talentosa, Page compõe uma personagem que mais parece uma mulher de vinte e tal anos do que uma adolescente, tal a forma desmbaraçada e ultra-confiante como se comporta e, especialmente, na sua eloquência à la Sex & The City. Um pormenor talvez insignificante que me fez afastar da personagem foi a voz demasiado grave de Page. Ou seja, fisicamente é perfeitamente uma miúda de 16 anos. No resto, nem por isso.
No entanto, a excelência do guião premiado de Diablo Cody torna esse aspecto secundário. Apesar de considerar que a abordagem ao tema aborto é feita de forma algo leve, e cínica mesmo, isso é em muito compensado com o que vem a seguir: a escolha de Juno, a sua relação com o casal adoptante e, a partir deles, o deixar de ver uma "coisa" na barriga, mas sim um bebé, não dela, mas de outra pessoa.
Tem tiradas e diálogos brilhantes que fazem do filme um objecto de culto, com direito a impressões em t-shirts e afins. Lembro-me da tirada do bastardo e do diálogo com a madrasta que acaba num arrufo sobre cães e num "Dream on!".
E não engoli porque, apesar de enormemente talentosa, Page compõe uma personagem que mais parece uma mulher de vinte e tal anos do que uma adolescente, tal a forma desmbaraçada e ultra-confiante como se comporta e, especialmente, na sua eloquência à la Sex & The City. Um pormenor talvez insignificante que me fez afastar da personagem foi a voz demasiado grave de Page. Ou seja, fisicamente é perfeitamente uma miúda de 16 anos. No resto, nem por isso.
No entanto, a excelência do guião premiado de Diablo Cody torna esse aspecto secundário. Apesar de considerar que a abordagem ao tema aborto é feita de forma algo leve, e cínica mesmo, isso é em muito compensado com o que vem a seguir: a escolha de Juno, a sua relação com o casal adoptante e, a partir deles, o deixar de ver uma "coisa" na barriga, mas sim um bebé, não dela, mas de outra pessoa.
Tem tiradas e diálogos brilhantes que fazem do filme um objecto de culto, com direito a impressões em t-shirts e afins. Lembro-me da tirada do bastardo e do diálogo com a madrasta que acaba num arrufo sobre cães e num "Dream on!".
Por último, de referir que a cena final é das mais belas que vi nos últimos tempos (ou não fosse musical). Tão simples e tão bem conseguida, se eu mandasse era nomeada para Oscar com direito a actuação na cerimónia.
Monday, February 25, 2008
European Oscars
É certo que não vi toda a cerimónia, pois às 3h38 desisti de lutar para me manter sã e rumei ao norte, ou seja, à cama. Mas, com os prémios de interpretação entregues, exceptuando a de melhor actor, quase garantido para Daniel Day-Lewis, dei-me por satisfeita, apesar de perder a entrega dos prémios de argumentos.
Então não é que Diablo Cody, pelo arrojado e ao mesmo tempo ternurento guião de Juno, vence o Melhor Argumento Original?? A fazer lembrar Sofia Coppola por Lost In Translation. Muito bom. Talvez seja o meu prémio favorito, pois, para além de ser original, dá aos actores o sumo, a nata, o que se quiser, para eles brilharem.
E quem brilhou mais na minha opinião foi a fofura da francesa Marion Cotillard que venceu na categoria principal pelo seu retrato de Edith Piaf em La Vie En Rose, batendo gigantes como Cate Blanchett (omnipresente) em Elizabeth (enoooorme) ou Julie Christie em Away From Her que havia sido dada como favorita.
Um discurso carinhoso e que conquistou: "(...) thank you life, thank you love, and it is true, there is some angels in this city."
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A surpresa da noite para mim foi a vitória da inglesa Tilda Swinton como Actriz Secundária pela sua prestação em Michael Clayton, apesar de ser um grupo homogéneo e de os críticos de cinema apostarem em Cate Blanchett como Bob Dylan em I´m Not There (a senhora já ganhou um e há-de ter muitas mais oportunidades de ganhar, ao estilo Meryl Strepp, 13 ou 14 ou lá o que é, portanto, deixem outras senhoras brilhar, se faz favor! ;)
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Nos homens, o espanhol Javier Bardem lá levou o esperado prémio de Actor Secundário por No Country For Old Men (filme vencedor da noite) e o irlandês Daniel Day-Lewis o Actor Principal por There Will Be Blood (filme derrotado da noite, assim como Atonement). Tinha esperanças que Casey Affleck fosse "a" surpresa, mas não...
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John Stewart esteve bem, fez-me rir diversas vezes com o seu humor imprevisível e até deu para entregar um prémio de maternidade a Angelina Jolie "And the baby goes to..."; mas às tantas tornou-se demasiado político, descaradamente a fazer campanha pelos democratas. Não lhe fica bem, parece desespero.
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Os Europeus a varrerem a América... lindo!
Friday, February 22, 2008
Wednesday, February 13, 2008
America Yesterday
National Geographic, Maio 2007
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"Jamestown é conhecida por ali se terem travado os grandes combates em torno da democracia (a colónia criou o primeiro governo representativo da América Inglesa) e da escravatura (foi a primeira colónia inglesa que utilizou a mão-de-obra africana capturada)..
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(...) No dia 14 de Maio de 1607, (...) 104 colonos desembarcaram na península de Jamestown, na orla sul da baía de Chesapeake. (...) Não chegaram sozinhos à América: pelo contrário, vieram acompanhados por um enorme desfile de insectos, plantas, mamíferos e microrganismos. Alguns dos efeitos por eles provocados foram quase invisíveis; outros, em contraste, foram tremendos. Juntamente com os novos métodos de gestão da terra praticados pelos recém-chegados, estas criaturas mudaram literalmente o solo pisado pelos índios (...).
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(...) Na América do Norte, não existiam também grandes mamíferos domesticados, salvo os cães. (...) Sem cavalos, vacas, ovelhas, cabras ou galinhas para tratar, os aldeões (nativos) não precisavam de vedar os campos."
Friday, February 08, 2008
Into The Wild
Tinha alguma expectativa quanto a este filme (mais do que quanto a Atonement) e posso dizer que não as defraudou. O que é óptimo. Gosto sempre destes registos nature oriented, quase que tratados ecológicos. No entanto, este é mais um tratado humanístico que outra coisa. O que também é óptimo, se for sincero com as personagens e com o espectador.
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Into The Wild mostra-nos a visão de Sean Penn, a realizar, sobre o testemunho real deixado por Christopher McCandless, um pária social que abandona a sociedade tal como a conhece e mergulha na Natureza profunda, tendo como objectivo último embrenhar-se no Alasca selvagem. Pelo caminho conhece pessoas com quem cria laços fortes de amizade, apesar de durante o filme nos apercebermos que para Chris, que adopta o pseudónimo de Alex Supertramp, isso não é o que o motiva nem o que ambiciona. Pelo contrário, essas pessoas afeiçoam-se-lhe e perdem um amigo/filho/namorado/neto quando Alex os deixa para trás.
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Para além do excelente protagonismo de Emile Hirsch, Catherine Keener e Vince Vaughn criam personagens tocantes, Marcia Gay Harden e William Hurt são os pais sufocantes e sufocados, mais uma extensa lista de secundários.
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É um filme sobre o ponto de vista de Alex embrenhado na Natureza, esta cruelmente indiferente a esse facto. A mensagem final é algo de já visto. Quer dizer, até eu sei isso sem precisar de me isolar da sociedade civilizada, que o grita a todo o momento.
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Into The Wild mostra-nos a visão de Sean Penn, a realizar, sobre o testemunho real deixado por Christopher McCandless, um pária social que abandona a sociedade tal como a conhece e mergulha na Natureza profunda, tendo como objectivo último embrenhar-se no Alasca selvagem. Pelo caminho conhece pessoas com quem cria laços fortes de amizade, apesar de durante o filme nos apercebermos que para Chris, que adopta o pseudónimo de Alex Supertramp, isso não é o que o motiva nem o que ambiciona. Pelo contrário, essas pessoas afeiçoam-se-lhe e perdem um amigo/filho/namorado/neto quando Alex os deixa para trás.
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Para além do excelente protagonismo de Emile Hirsch, Catherine Keener e Vince Vaughn criam personagens tocantes, Marcia Gay Harden e William Hurt são os pais sufocantes e sufocados, mais uma extensa lista de secundários.
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É um filme sobre o ponto de vista de Alex embrenhado na Natureza, esta cruelmente indiferente a esse facto. A mensagem final é algo de já visto. Quer dizer, até eu sei isso sem precisar de me isolar da sociedade civilizada, que o grita a todo o momento.
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Eddie Vedder dos Pearl Jam assina a (excelente) banda sonora.
Wednesday, February 06, 2008
Annie Leibovitz @ Hollywood
MARCH 2008: “FRESH FACES” Emily Blunt, Amy Adams, Jessica Biel, Anne Hathaway, Alice Braga, Ellen Page, Zoë Saldana, Elizabeth Banks, Ginnifer Goodwin, and America Ferrera.
APRIL 1996: "BOYS' TOWN" Tim Roth, Leonardo DiCaprio, Matthew McConaughey, Benicio Del Toro, Michael Rapaport, Stephen Dorff, Johnathon Schaech, David Arquette, Will Smith, and Skeet Ulrich.
Tuesday, February 05, 2008
Biocombustíveis
National Geographic, Novembro 2007
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"Antes da Revolução Industrial, a atmosfera terrestre continha cerca de 280 partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono. Era uma quantidade tolerável. Como a estrutura molecular do CO2 retém junto à superfície do planeta calor que, de outro modo, seria irradiado de volta para o espaço, (...) correspondia a uma média de 14ª C (...).
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A partir do momento em que comecámos a consumir carvão, gás e petróleo para dar luz às nossas vidas, esse valor começou a subir (...). Em finais da década de 1950, já ele chegara aos 315. Agora, encontra-se a 380 e aumenta cerca de 2 ppm por ano.
.O aquecimento já registado iniciou o descongelamento de quase tudo o que havia congelado sobre a Terra, alterou as estações e os padrões de pluviosidade e provocou a subida dos níveis do mar.
.(...) Até à data, só os europeus e os japoneses começaram a reduzir marginalmente as suas emissões de carbono e talvez não cumpram as suas metas. Enquanto isso, as emissões de carbono dos EUA, que representam um quarto do total mundial, continuam a aumentar.
(..) Os interessados conhecem a solução capaz de impedir a catástrofe: cortes rápidos, sustentados e drásticos nas emissões por parte dos países tecnologicamente avançados, aliados a uma transferência tecnológica de larga escala para a China, Índia e para o resto do mundo em desenvolvimento, de forma a que esses países possam alimentar as suas economias emergentes sem queimar o seu carvão."
.Algumas alterações suficientemente grandes para realmente fazerem a diferença e para as quais já existe tecnologia disponível ou eminente: carros com melhor eficiência de combustível, casas mais bem construídas, turbinas eólicas, biocombustíveis como o etanol, etc.
Sunday, February 03, 2008
Atonement & MI3
Retro. É o que este filme é. Keira Knightley e James McAvoy brilham à sua altura, já Saoirse Ronan é o farol, tal como a sua personagem, Briony. Impressionante como o envelhecimento da personagem em cinco anos encontra na actriz Romola Garai a credibilidade e, mesmo, as parecenças entre ambas.
Joe Wright, o mesmo realizador do muy apreciado Pride & Prejudice de 2005, filma um épico de um romantismo implícito e cru, tendo na narrativa da acção o aspecto mais interessante, feita de mais que um ponto de vista nos momentos mais importantes.
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Interessante.
Ora aí está um filme de acção de jeito. Já o primeiro foi bastante bom mas este terceiro pode-se dizer que é o melhor. E de quem é a responsabilidade, quem? Pois claro que é de um senhor entitulado J. J. Abrams, responsável por coisitas como Felicity, Alias, Lost e, mais recentemente, Cloverfield. Pronto, há que reconhecer que o senhor Cruise também é talentoso, principalmente nas cenas de correria e de stunts, dispensando duplos e sendo o próprio um quase-herói.
Os secundários são de luxo não só no nome mas também na presença: Philip Seymour Hoffman, Maggie Q, Ving Rhames, Michelle Monaghan, Laurence Fishburne, Billy Crudup, Kerri Russel e Jonathan Rhys Meyers (wow...!).
Bem bom.
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